Em meio a aquela vontade subita de te ter por perto, eu abracei meu travesseiro. Desculpa, coração, se as vezes eu não sei se é algum tipo de amor, ou se é apenas saudade de ter alguem que me ama de verdade por perto. Na verdade o amor, é consequencia do tempo junto com quem você se importa e quer sempre o seu bem. Acho sinceramente que o meu caso não é amor, é mais uma necessidade de te ter por perto pra me abraçar nesse frio, rir das minhas conclusões absurdas sobre a vida, ainda mesmo sendo sem noção. É te ter por perto dizendo que o futuro nosso é prospero, dizendo que enquanto houver sol, enquanto todas as coisas estiverem bem, enquanto nada sair do controle em que nós impomos, tudo vai estar como deve estar. Eu com você, nós dois juntos, abraçados, cansados de procurar apenas um motivo, enquanto eu apenas te tiver, vai ser só nós dois. Com brincadeiras, risos, sorrisos, beijos trocados, uma mão sua entrelaçada na minha, enquanto eu me perco com você nessas
ruas afora, sem dinheiro, sem direção, sem como achar o caminho inicial. Vivendo como dois turistas só por aventura, só pra dizer que mesmo assim, eu ainda prefiro te ter por perto, do que viver sem você.
Nesse mundo em que todos correm com a vida, sem descansar, e parar para ver que não é só viver dentro de regras. Eu saí escondido, cantei mais alto no chuveiro do que o permitido, mandei mensagens ainda de madrugada, chorei, me desesperei, recuei ilesa de alguns problemas, disse que já não aguentava mais, liguei pra um amigo que não via a muito tempo. Disse que não queria, mesmo quando queria. Dei um stop em uma amizade antiga por alguns dias, fui exagerada mesmo quando não tinha motivos. Talvez nada disso tenho sido surpreendente em algum momento, mas por alguns segundos me soltei mais, e deixei de viver presa, toda pra dentro. O mundo é para os que se atrevem e buscam o inovador.